sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Por aí com Vanessa Bornemann

Hoje vamos dar um mergulho de cabeça na cultura brasileira, aquela mineirinha, que todo mundo gosta. O passeio foi em algumas cidades do estado de Minas Gerais, Brumadinho, Ouro Preto e Belo Horizonte, mas o, se podemos dizer “highlight” da viagem foi a parada no acervo de arte contemporânea chamado Inhotim. Quem guiou essa trip foi a designer e produtora cultural, Vanessa Bornemann, ela conta um pouquinho sobre como foi e nos deixa algumas dicas.  

  • A viagem


Ano passado um amigo me mostrou fotos desse lugar maravilhoso chamado Inhotim, localizado na cidade de Brumadinho à uma hora de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. Apaixonei-me pelas fotos, olhei o calendário e vi o feriado mais próximo, que era da páscoa, e comprei as passagens! Outro amigo estava saindo de férias do trabalho, (o Daniel de Oliveira) foi a São Paulo, depois me encontrou lá em MG.  Fiquei hospedada em um hostel maravilhoso em Belo Horizonte, chamado "Lá em casa", no valor de 40 reais a diária, direito a café da manhã com o legítimo queijo mineiro no buffet!


  • Ponto Turístico


INHOTIM : Lugar incrível, muita natureza e arte. Parque com 18 galerias e instalações artísticas ao ar livre, passeio não só para amantes da arte, mas também para famílias. O local é tão grande, que a dica é pagar um pouco mais no ingresso e ter direito a um carrinho para passear lá dentro, facilita na caminhada e também economiza tempo para conseguir ver tudo! Dentre os artistas mais famosos que estão lá, posso citar meus preferidos: o artista plástico Helio Oiticica, fotógrafo Miguel Castelo Branco e a artista Adriana Varejão.



  • Lugar Inesquecível


OURO PRETO: Super turístico e histórico, passear pela cidade é respirar a história brasileira. Durante as visitas aos museus e muitas igrejas de lá, sempre tem mediadores/professores contando detalhes sobre a arquitetura, arte da época, muito interessante e lindo, uma viagem no tempo! Aproveite para fazer compras nas lojinhas de artesanato e se surpreenda com os preços acessíveis, são mais baratos que os souvenires de Florianópolis!




  • Gastronomia


Eu que nunca tinha ido para Minas Gerais, tive um choque cultural na área gastronômica, as pessoas comem muito feijão, o famoso "feijão tropeiro", prato obrigatório em todo cardápio mineiro, seja restaurante até baladas. Eu estava em um bar de rock, e tinha até torresmo, tinha também o "tropeiro da madruga", servido só após as duas da manhã. Já pensou aqui no sul alguém estar na balada e pedir um feijão essas horas? Hahahaha... Outra coisa muito comum, por incrível que pareça, é a macarronada, todos os restaurantes serviam. Os mineiros não se preocupam com horários certos para se alimentar, sendo possível encontrar restaurante servindo prato feito e macarrão de madrugada para os mais festeiros.



  • Dica de quem foi


Circuito cultural Praça da Liberdade, quem vai para Belo Horizonte não pode deixar de passar por lá, fica bem no centro, a praça, além de ser linda, é rodeada por vários prédios históricos que viraram museus. Visitei o Memorial de Minas Gerais, vale reservar algumas horas para esse lugar, e aproveitar tudo que ele oferece. É um museu interativo, cada sala tem uma ambientação e interação. Logo na entrada peça aos monitores um fone de ouvido para conseguir ouvir o que cada sala tem a dizer. Dentre as exposições que mais me emocionei foi ver de perto o trabalho do fotógrafo Sebastião Salgado. Outro lugar incrível foi o Centro Cultural Banco do Brasil e levamos uma sorte, pois ao chegarmos estava começando uma visita guiada teatral em que os guias se vestiam com roupas de época e contavam sobre a história do prédio.



  • O povo é...

Povo mineiro é querido demais da conta sô! Próxima reencarnação quero nascer mineira! Todas as pessoas te olham nos olhos, sorriem para você, contam a história de suas vidas sem você perguntar e te tratam como família. Fiquei muito surpreendida com isso! Dá vontade de não sair de lá.

  • Fato curioso ou interessante


A Feira Hippie de Belo Horizonte que acontece todo domingo, próximo ao parque municipal, também é parada obrigatória. Considerada uma das maiores feiras da América Latina, é super organizada e as barraquinhas são separadas por tipo de produtos. Além da feira em si, caminhando por lá você vê de tudo: samba, capoeira e soul music, o povo mineiro dança, canta, e gira sem vergonha ou preconceitos. Entrei na roda e dancei uma discotecagem de black music 70's com o DJ Metralha, que busca com seu trabalho valorizar e resgatar a cultura negra, muito bacana!
  • Meio de transporte


Andamos de metrô e táxi dentro de Belo Horizonte. O metrô da cidade, bem diferente de São Paulo, é mais como um trem e não passa pelo centro, somente pelas áreas periféricas. Usávamos para sair do hostel e ir à rodoviária. À noite preferimos pegar táxi, todos os taxistas foram bem simpáticos e davam dicas de passeios e restaurantes.

Utilizamos ônibus para ir até ouro preto e também para Inhotim.

  • Dica pra quem vai de avião


 Aeroporto Confins, é muito longe do centro de BH, pode chegar a custar mais de 100 reais se for de táxi. A dica é procurar o ônibus “Expresso Rodoviária” que paga 9 reais e leva até o centro, onde e possível pegar um táxi até o hotel escolhido.  Economiza para poder comprar uma cachaça mineira de lembrança! 



Então agora, o negócio é pegar a agenda, escolher a data e se programar para curtir um passeio que tem de tudo, pão de queijo mineiro, feijão tropeiro de madrugada, parques culturais, feiras hippies e até cachaça de souvenir.

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